..................................................por Francisco M. C. Dias
Passam brumas, vento, brisa;
Passam garoas, chuviscos, tempestades;
Passam lembranças de tempos idos.
Passam águas claras, rasas de luz;
Passam pinheiros, bromélias refletidas.
Passam o dia, o sol. Sabiá canta, enche o vale.
Passam a casa, adega, o sótão;
Passam das paredes o cheiro úmido.
Passam formigas no jardim fincando folhas;
Passam os besouros que brotam do estrume.
Passam os murmúrios das águas da noite.
(que dizem das coisas da noite).
Passam tuas unhas da mão em meu peito;
Passam o frio e o calor das tuas coxas;
Passa o pulsar do fogo em nossos corpos.
Só a paz, em mim, é que não passa.
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